O idoso não é velho, mas sim uma pessoa vivida.
Sexta-feira, 11 de Abril de 2008
Uma visita ao Centro Universitário de Tempos Livres da Amadora

No dia 8 de Abril, pelas 10h30, fui ao CUTLA. À espera de um contacto por parte da instituição desde o período passado, decidi ir lá, mesmo sem ter marcado.

Quando cheguei, a senhora Maria Emília estava na aula de ginástica. Enquanto esperava, aproveitei, então, para assistir a uma aula de pintura a óleo e fazer algumas perguntas à professora Odete e a sua aluna Maria Jorge.

 

Odete Martins, professora de pintura a óleo, 71 anos, reformada

            Nasceu no Lumiar e veio para a Amadora aos 23 anos. Andou numa escola de artes e é o seu gosto pela pintura que faz com que esteja no CUTLA, desde de que este “nasceu”, sem ganhar nada, para além do carinho e amizade dos seus alunos.

            As suas aulas têm a duração de 3 horas e são os seus cerca de 30 alunos que pagam os materiais que utilizam.

            “Os alunos vêm muitas vezes há procura de conversar, fazer amigos. Acabamos por ser uma família. Vêm procurar aquilo que não têm em casa, vivem na solidão e aqui sentem-se realmente amados.”

            Os quadros pintados pelos alunos são, muitas vezes, levados a exposições.

 

            Dia 13 de Abril há exposição de quadros em miniatura na Junta de Freguesia da Mina. Todos os anos há esta exposição, onde algumas obras da instituição são expostos.

 

Maria Jorge, aluna, 53 anos, reformada (foi professora do 1º ciclo)

            Nasceu no Porto, viveu em Angola, viaja todos os anos. É uma mulher do mundo, “de sítio nenhum”, como ela própria diz.

            No CUTLA, assiste a aulas de pintura de óleo esta a pensar aderir também às aulas de inglês e de mobilidade.

Descobriu esta universidade por uma amiga e foi, então, pesquisar na internet a sua localização.

Foi através do projecto MINERVA (implementação das tecnologias no ensino básico) e do CES (equivalência à licenciatura na área das TIC) que aprendeu muito daquilo que sabe acerca de computadores e internet.

Adapta-se com grande facilidade à evolução tecnológica, é uma senhora muito activa, “sem medo da vida”.

            O seu gosto pela pintura leva-a a gastar cerca de 150 euros em telas, tintas, pincéis, todo o material usado nos seus quadros.

 

            Há lojas que fazem descontos aos estudantes do CUTLA. Exemplo disso é a Quadrimóvel, que faz um desconto de cerca de 10%.

 

Acabada a aula de ginástica, tive uma pequena conversa com a senhora Maria Emília. Foi mesmo pequena, visto que às terças-feiras há a reunião de direcção.

No pouco tempo que tivemos, disse-me, apenas, que pagam renda, luz e água à Câmara Municipal da Amadora. As ajudas da Câmara são muito escassas. Só cedeu o espaço e, raramente, autocarros. Para ter acesso ao ginásio, têm ainda de pagar à Junta de Freguesia. Como a presidente, a senhora Adelaide Espírito Santo, pertence à empresa Salvado&Neto, L.da, vai ajudando a instituição. São as poucas ajudas que universidade tem.

Foi-me dado um panfleto com um pouco de história do CUTLA. Postaremos brevemente.


sinto-me:

publicado por doutrolado às 10:17
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